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Multipremiado: goleador foi Bola de Prata (2018) e de Ouro (2019)
com o Pinheiros no Juvenil e Bola de Ouro (2022) com o Fabrício no Junior
 
Um jovem atacante uberabense, especialista em balançar as redes, experimenta ares novos – e gelados – na Europa. Depois de empilhar gols e prêmios na base por aqui e deixar sua marca também no Amadorão, o agora profissional João Vitor Oliveira, mais conhecido como Magrão, que se destacou no Pinheiros e no Fabrício, se aventura na Eslováquia.
 
O “meio-campo” nessa transação foi o professor grená Alemãozinho. O atleta de 21 anos, depois de enviar um vídeo e ser respondido que poderia ter uma chance, embarcou no início do ano em busca do sonho de ser jogador de futebol. Fez testes em diferentes times, diz que foi bem, agradou, fez gols, porém, parecia ainda faltar algo para aquela convencida nos gringos para assinar.
 
“Em um clube não tive sequência, em outro já tinham contratado centroavante”, conta. Então, no último amistoso preparatório para a temporada, ele guardou nada menos que quatro gols. Aí não teve jeito: o TJ Magura Poruba bateu o martelo e fechou o primeiro vínculo profissional da carreira do talento.
 
Disputando uma das divisões de acesso da Liga Nacional, o brasileiro estreou bem: na vitória de 5 x 4, anotou o primeiro gol da partida, mandou duas bolas na trave, ganhou jogadas e criou várias situações de ataque. “O treinador e a comissão técnica ficaram contentes”.
 
O uberabense ainda está se acostumando com a cultura diferente e com o clima do país. O frio é tanto que muitos treinos – que são realizados à noite – são cancelados por causa da baixa temperatura. Porém, as dificuldades não desanimam.
 
“Primeiro é a adaptação, depois a perspectiva é aprimorar o trabalho e fazer um grande campeonato”, afirma Magrão. “Estou muito feliz com a oportunidade, quero aproveitar bem e buscar uma equipe de divisão acima. Trabalhando você consegue. Vamos pra cima!”.
 
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Magrão comemora: estreia com gol e vitória
 
Gols e prêmios
O nome de Magrão começou a ser notícia no futebol de Uberaba em 2018, quando ele jogou o Juvenil da LUF com o Pinheiros. O time não passou da primeira fase, mas o atacante foi um dos artilheiros do certame, com 13 gols, e faturou a Bola de Prata do REPLAY.
 
Em 2019, a Abelha chegou às semifinais e o atleta foi de novo o artilheiro da categoria, agora com 18 gols. Com o desempenho, ganhou a Bola de Ouro do REPLAY.
 
E não foi só. No mesmo ano, ele havia disputado o Junior, realizado antes do Juvenil. Foi vice-campeão e vice-artilheiro, com 16 gols. Haja barbante! Com os 34 tentos que somou nas duas competições, levou a Chuteira de Ouro do REPLAY, oferecida ao artilheiro da temporada.
 
Depois do recesso, Magrão vestiu as cores do Fabrício. Foi campeão e artilheiro do Junior de 2021, com 5 gols, dois deles nas finais – que foram justo contra o ex-clube. Na ocasião, foi um torneio reduzido, ainda por causa da pandemia, e não houve premiação do REPLAY.
 
Em 2022, mais conquistas. De novo campeão, de novo artilheiro (8 gols), de novo gol na final, e de novo Bola de Ouro da categoria Junior.
 
Já em 2023, o desafio foi o Amadorão. O Vulcão entrou com um elenco basicamente formado por jovens e chegou às oitavas-de-final, com o camisa 9 sendo o artilheiro da campanha: fez quatro dos dez gols da equipe.
 
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Com o técnico Alemãozinho em 2022: campeão e artilheiro
 
Gratidão
Na lembrança da rotina pesada em Uberaba – em que “ralava” como almoxarife em obras durante o dia e já saía direto pros treinos à noite no Glayer Leite –, Magrão não esquece dos agradecimentos. Primeiro, à família, que acreditou na “loucura”, como ele define.
 
“Estava no serviço e os meus colegas e o meu treinador, o Alemãozinho, falaram da oportunidade. Claro que teria muitos custos, passagem, hospedagem, tirar passaporte, mas é meu sonho, e sempre acreditei, claramente com o apoio da minha família”, narra.
 
A gratidão se estende aos técnicos com quem trabalhou: Wagner, o Zé Galinha, do Pinheiros, e Alemão, o Baixo, do Fabrício.
 
“Foi no Pinheiros que comecei, o Zé Galinha me acolheu muito bem, com o Sargento, que Deus o tenha, com todo o pessoal. Lá foram meus primeiros passos”, recorda. Em 2019, cheguei ao Fabrício, e o Alemãozinho me ajudou bastante a aprimorar meu futebol, minha finalização, e como homem, a ser mais responsável. Nestes anos evoluí demais, ele sempre nos fez ter uma mentalidade vencedora”, comenta, destacando também a importância do preparador físico Neto.
 
Dizendo ser apenas o começo de uma longa história, João Vitor, ou Magrão, acredita em uma trajetória vitoriosa. “Foi bastante difícil a jornada até aqui, mas acho que tem muita coisa boa vindo por aí”.

Fotos:
Arquivo REPLAY e Grazie Batista
Divulgação / TJ Magura Poruba
Diego Martins / E.C. Fabrício

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