campanha-bocha-25-03-2019
Dono de vários títulos, Léo precisa de equipamento novo
 
Dono de diversos títulos na bocha paralímpica, o uberabense Leonardo Carone, da Adefu (Associação dos Deficientes Físicos de Uberaba) é mais um exemplo de atleta que enfrenta as dificuldades da falta de apoio. Para continuar competindo, Léo precisa comprar um novo kit de bolas da modalidade, que custa em torno de R$ 1.500. Sem condições de tirar esse valor do bolso, ele lançou uma vaquinha on-line (para contribuir, é só clicar aqui).
 
 
Cada atleta tem seu próprio kit, composto por seis esferas azuis, seis vermelhas e uma branca (o alvo). O de Léo é de 2009 e já está desgastado. “As minhas que sobraram são três de cada cor, as outras não podem mais ser usadas. A federação recomendo o atleta ter dois kits, um principal e outro de segurança. Preciso ter pelo menos um. Esse kit dura mais de seis anos, se cuidar bem dura muito tempo”, comenta.
 
Sem bolas em bom estado, o jogador acabou não conseguindo se classificar para o Brasileiro no ano passado. “Agora tem um método novo para aferir as bolas, elas têm que seguir os padrões estabelecidos pela federação (a Ande, Associação Nacional de Desporto para Deficientes). Todos equipamentos, em algum momento da competição, serão aferidos, mais de uma vez. Se a bola for reprovada, você toma um cartão amarelo, se tomar o segundo amarelo automaticamente é eliminado daquela rodada. Ano passado tomei o segundo cartão e fui eliminado nas semifinais do Regional, que é classificatório pro Brasileiro”, relata.
 
Nos campeonatos, a Funel colabora com o transporte e a Ande oferece a hospedagem e a alimentação. Para adquirir o kit novo, além da vaquinha, o paratleta vai promover uma rifa e vem pedindo ajuda em empresas, mas até agora não arranjou nenhum patrocínio.
 
Léo participa em maio, em Uberlândia, da seletiva para o Regional, podendo ainda usar as bolas velhas. Entretanto, no Regional Centro-Oeste, que será em Uberaba, em julho, ele precisa ter o conjunto novo.
 
Carreira
Aos 27 anos, Léo tem uma carreira de muitos títulos. Ele começou na modalidade na Adefu, aos 18 anos. “Tenho uma doença chamada distrofia muscular de Duchene, que compromete todos os músculos. Parei de andar aos 17 anos e desde então me dedico somente à bocha”, conta.
 
O uberabense é bicampeão das Paralimpíadas Escolares (até 19 anos) em 2010 e 2011. Jogou três finais seguidas do Regional, sendo vice-campeão em 2013 e 2015 e campeão em 2014. Na Copa Brasil, na disputa em pares com Ercileide Laurinda, foi bronze em 2016 e ouro em 2017.
 
Com tantas conquistas, o paratleta lamenta a falta de apoio. “Acho que o esporte em um todo na nossa cidade precisa de mais atenção. Precisamos olhar para muitos talentos que temos aqui que, se tivessem um investimento legal, chegariam fácil a uma seleção”.
 
Fotos: acervo pessoal

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